domingo, 18 de julho de 2010

(...)

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
- Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E quando haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...

Fernando Pessoa.


sábado, 17 de julho de 2010

No meu silêncio.

No meu silêncio, o vazio se engrandece e a inspiração se vai.
Sonhos e pretenções não são mais os mesmos, se modificam.

Não é essa a saudade que eu gosto de sentir
A cumplicidade se desfaz.

Só eu sei o quanto te chamo.
Invoco pela sua insanidade de volta. Não há nada que possa substituir. As promessas que não foram cumpridas, o súbito desejo que o tempo não participe.

...

Os dias seriam para sempre,
Não houve engano.
A admiração permanece.
Guardo o seu melhor,
cada instante e cada momento que passamos juntos.

No meu silêncio, somente a certeza de que no amanhã em algum lugar do passado, nós, sempre estaremos lá...

Tua ausência, me cala.
Sigo somente com as lembranças.

No meu silêncio tão imenso e intenso.

domingo, 11 de julho de 2010

Eles voltaram.

Não era sonho...
Eles realmente voltaram.
Eles puxaram o cobertor.Mexeram na sacola posta na cama...
Da onde surgiu aquela luz vermelha piscando no final de tudo?
Foi como da primeira vez.Novamente aquela energia tomou conta do corpo.E muito mais intensa...
Não é possível abrir os olhos e nem se mexer.Só sentir...

Medo.

Parecia que não ia ter fim.


Chamei por você, implorei ajuda.
Rezei.

E eles se foram...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Das horas que me são concedidas...

agradeço.

Mas ao mesmo tempo na realidade que me cabe, olho ao meu redor e sei que não preciso de nada disso.

O que a maioria das pessoas enxergam como felicidade e essencial pra se viver hoje em dia, não faz o menor sentido.
E não vou me prolongar justificando tal ponto de vista.

A verdade é que me encontro desperdiçando muito mais horas do que deveria.
Revoltante.Um pouco entristecedor.Quando o que eu quero...é o simples.

O ritmo frenético, a rotina enjoativa.
Meus pés não respiram, meu corpo não respira.
Eu escolhi não respirar.
E eu rezo, eu peço em um outro sentido da vida...

De qualquer maneira, agradeço!


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Definitivo.

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...


Carlos Drummond de Andrade.

domingo, 4 de julho de 2010

Tudo que eu falei dormindo.

Aumenta o som do meu stereo
Que eu quero te levar a sério
Apaga a luz e chega perto
Pra eu te mostrar os meus segredos
Você dormiu sem me dizer as coisas boas do seu dia
E eu saí sem te contar que o que importa nessa vida
É só deixar rolar e sempre...é só deixar rolar.

E no meu corpo ainda sinto o seu perfume
O resultado do nosso confronto
E se para os outros já não faz sentido
Eu continuo tentando insistindo
Você dormiu sem me dizer as coisas boas do seu dia
E eu saí sem te contar que o que importa nessa vida
É só deixar rolar e sempre...é só deixar rolar.

Sei lá, tudo pode parecer estranho
Sei lá, tudo pode parecer a todo tempo de verdade.

E tudo o que eu falei dormindo
Eu sempre quis dizer de dia
Invento artifícios para nunca te perder
Eu não vou te perder...


Detonautas Roque Clube.

sábado, 3 de julho de 2010

Incentivo.

Talvez seja exatamente isso que falta!
Incentivo.

E tenho em mim um otimismo fora do comum.

Dessa forma,fica aqui meu agradecimento a pessoa que me fez refletir um pouco sobre isso.

O tempo não para...
Arrisque!