Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.
Fernando Pessoa.
Nosso ser é tão confuso, né? Na busca incessante de ser um ser notável, nos cansamos de nós mesmos, chegando a conclusões estranhas e muitas vezes tristes.
ResponderExcluirEu me sinto como esta poesia, me assisto como se não fosse eu, muitas vezes.
Saudades de falar com você!
Beijos Sá.